O diabetes pode aparecer em qualquer fase da vida, inclusive na infância e adolescência. De acordo com o Dr. Luis Eduardo Calliari, médico da Unidade de Endocrinologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo e coordenador do Departamento de Diabetes no Jovem da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), tanto o tipo 1 quanto o 2 podem afetar as crianças e adolescentes.
No tipo 1, mais comum nessa idade, há um processo autoimune que destrói as células que produzem insulina (células Beta) no pâncreas. A glicose não entra nas células, permanece no sangue e a glicemia aumenta. Já o tipo 2, que é mais prevalente nos adultos e, também, pode aparecer nessa faixa etária, é geralmente associado à obesidade e antecedentes familiares de diabetes, por um aumento na resistência à ação do hormônio associada a uma diminuição da produção de insulina pelo pâncreas.
Tratamento do diabetes na infância
O tratamento da doença é individualizado, porém ambos os tipos precisam muito da participação da família. Dr. Luis explica que o tipo 1 sempre será tratado com insulina, com várias aplicações ao dia, além das picadas nos dedos para avaliar a glicemia capilar, rotina que se torna mais difícil nessas idades. Já o tipo 2, o tratamento é com perda de peso e medicamentos orais, sem a aplicação do hormônio na maior parte dos casos.