Estima-se que mais de 15 mil homens brasileiros morreram devido ao câncer de próstata no ano de 2018, doença que possui índices de 90% de cura quando diagnosticada reviamente. As taxas de mortalidade do segundo câncer mais recorrente em homens traduzem descasos com a própria saúde. p
Os dados de mortalidade são dos Instituto Nacional do Câncer (INCA), que também mostra que cerca de 68 mil homens descobriram a doença no ano passado. A doença possui estágio silenciosos no início de seu desenvolvimento, podendo chegar em um estágio avançado sem apresentar nenhum sintoma no organismo. Sendo assim, é preciso que pessoas dentro do grupo de risco realizem os exames diagnósticos com a frequência indicada por seu médico.
Segundo o médico urologista, Dr. Davidson Bezerra da Silva, professor do curso de Medicina da Anhembi Morumbi, o fator que mais contribui para as mortes é o preconceito sobre do exame de diagnóstico. “O único modo de descobrir a doença precocemente é fazendo o exame de toque periodicamente após os 50 anos. É preciso deixar de lado o preconceito e pensar que, com esse rastreio de prevenção, a pessoa garante sua saúde, inclusive, sexual”, enfatiza.
O câncer de próstata pode ser diagnosticado precisamente apenas pela biópsia
Basicamente, existem três principais exames que podem indicar a presença do câncer de próstata, mas apenas a biópsia pode confirmar a doença. O primeiro deles é o de sangue, onde o PSA, proteína produzida pela próstata, pode ser medida. Os resultados dos índices do PSA podem levantar suspeitas para o câncer de próstata ou outros problemas.
O exame de toque retal é o mais polêmico, mas apesar de ser desconfortável, é fundamental para detectar alterações na próstata, como endurecimento ou surgimento de nódulos. Caso algo chame atenção do médico durante o exame, ele pode indicar o procedimento de biópsia da próstata via ultrassonografia retal, que é o único que pode confirmar com certeza a presença do câncer.
Idade e fatores genéticos definem grupo de risco
O grupo de risco da doença é bem claro: homens com mais de 50 anos (pois os dados indicam que o câncer é mais comum a partir desta faixa de idade) e pessoas que obtiveram casos em parentes próximos, como pais e irmãos.
Homens com um parente de primeiro grau afetado pela doença possui suas chances de desenvolvimento dobradas. Quem tem dois afetados de primeiro grau pode ter suas chances multiplicadas por seis.
No Brasil, homens vivem estatisticamente menos que mulheres. Parte desse fato mora nos descasos com a saúde masculina. Não negligencie sua vida e bem estar, procure recomendações de um médico de confiança.